quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Hoje ninguém no seu perfeito juízo pode negar-se a dizer que Portugal perdeu o seu estatuto de nação soberana. Graças ao seu desastroso envolvimento com o euro, perdeu toda a independência na política interna, externa e, sobretudo, económica. A nação Portuguesa atual é uma criação de Bruxelas e do Banco Central Europeu e do FMI. O nosso primeiro-ministro mais parece um procônsul nomeado por Bruxelas em Lisboa e o nosso ministro das finanças é como o gestor ultramarino de uma filial de Bruxelas. Para os que amam a nação Portuguesa, isto é miserável e deprimente, mas é preciso lembrar que um destino análogo tem outros países europeus. A Irlanda, a Grécia também fazem o que lhes ditam o FMI e o BCE; em breve poderá ocorrer a Espanha e Chipre.


Mas a perda de soberania não consiste apenas na aplicação dos planos selvagens de pagamento. Os países intervencionados são praticamente obrigados a gastar o dinheiro recebido na compra daquilo que os seus credores lhe indiquem. O método aplicado pelo FMI desde há décadas em países da América Latina, Ásia e, recentemente, na ex-URSS, chega agora, com idênticos métodos e toda a sua crueldade aos países da periferia da União Europeia.

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