quarta-feira, 27 de março de 2013

Portugal e o Euro - Chegou a hora

Nunca esteve tao na ordem do dia falar sobre a moeda unica, entre os defensores incondicionais da permanência de Portugal na moeda única, há cada vez mais vozes críticas sobre a forma como a Europa está a gerir a crise na zona euro por isso está aberto o debate sobre o euro.
Os mais recentes acontecimentos em Chipre, a recessão económica na zona euro e, em particular, a espiral recessiva em Portugal provocou o aparecimento de dúvidas dentro dos sectores mais inesperados. Silva Peneda (ex-ministro de governos PSD e actual presidente do Conselho Económico e Social), o economista e professor João Duque, o ex-ministro das Finanças Bagão Félix e o ex-secretário-geral do PS Ferro Rodrigues são alguns dos ilustres conhecidos da nossa praça que publicamente falaram sobre a saída de Portugal da moeda única, mesmo defendendo a permanência de Portugal  na C.E.E.
Bagão Félix, admite “discutir sem tabus” o futuro do euro, avançando que existem diversos cenários, inclusive a coabitação de dois euros, um mais forte e outro mais fraco.
Silva Peneda, ex-ministro de Cavaco Silva, defende que o espírito que presidiu ao aprofundamento da UE e consequente criação de uma moeda única foi de coesão social e que a actual situação está a criar “um fosso cada vez maior entre países ricos e pobres que utilizam a mesma moeda”.
Ferro Rodrigues disse recentemente no fórum sobre políticas públicas  disse que “não podemos estar no euro e sentirmos como se estivéssemos numa ratoeira. Se tiver de escolher entre o euro e a democracia, eu cá escolho a democracia”. O ex-secretário geral do PS receia que fiquemos “muitos anos em austeridade em nome do euro”, embora defenda que, mesmo assim “nos devemos manter no euro”. Ferro admite, no entanto, que a médio e longo prazo “muitos dos estados tenham de repensar a sua pertença à moeda única”.
Mira Amaral, está no outro lado da barricada, continuando a defender incondicionalmente a permanência do país na moeda única. “Portugal não devia abandonar a moeda única”,
Neste momento o problema é o desequilíbrio público. Se a dívida externa está em moeda forte, não faz sentido termos uma moeda fraca. Devíamos estar era a fazer o melhor que podemos para resolver o ajustamento ”, defendeu.
O mainstream político português é ainda, por esmagadora maioria, a favor da permanência de Portugal no euro. Mas declarações como as de ontem do presidente do Eurogrupo, que remeteu para os bancos a responsabilidade de se recapitalizarem, admitindo soluções idênticas às impostas aos depositantes do Chipre (ver pagina 18 e 19) leva a que cada mais personalidades defendam, pelo menos, um debate sobre a possibilidade de Portugal sair do euro.
As direcções do PSD, do CDS, do PS e do Bloco de Esquerda nem querem ouvir falar nesse cenário. O argumento principal comum a todos é que haveria uma brutal desvalorização dos salários e consequente empobrecimento (ainda maior) da população que continuaria a pagar as importações em euros e a consumir numa nova moeda muito fraca. A única excepção é o PCP (ver texto ao lado) que, mesmo assim, não admite a saída do euro sob a tutela deste governo.
Cavaco Silva é cada vez mais crítico do rumo que a zona euro está a trilhar, considera tambem  que é preciso fazer tudo para salvar o euro, embora repensando toda a arquitectura da política europeia. No prefácio do livro com os seus mais recentes discursos, Cavaco Silva lembrou que “tendo bem presente que a crise do euro é sinónimo de crise da Europa, nas minhas intervenções não poupei críticas aos egoísmos nacionais revelados por alguns Estados, à deriva intergovernamentalista no funcionamento da União, em detrimento do método comunitário, e à emergência de directórios de países que se sobrepõem às instituições comunitárias e limitam a margem de manobra destas últimas”.
No entanto, o Presidente da República acrescenta que “o fracasso do euro não seria só prejudicial para Portugal ou para países em situação idêntica à nossa. O fracasso do euro poria em causa o mercado interno e a política europeia de coesão social, alimentaria proteccionismos de cariz nacionalista e enfraqueceria a posição da Europa na cena internacional”.
Mas isto é a classe politica a falar, será que o Povo tem a mesma opiniao?

AG



terça-feira, 26 de março de 2013

secretário-geral dos socialistas, António José Seguro, escreveu uma carta dirigida à troika para justificar a moção de censura que irá apresentar contra o Governo. De acordo com uma fonte do PS citada pelo Jornal de Negócios, o líder da oposição explicou que quer ‘deitar abaixo’ o Executivo e renegociar o memorando.

O secretário-geral dos socialistas, António José Seguro, escreveu uma carta dirigida à troika para justificar a moção de censura que irá apresentar contra o Governo. segundo a sua explicaçao tem como objetivo  ‘deitar abaixo’ o Executivo e renegociar o memorando.
Derrubar o Governo e conseguir melhores condições no plano de ajustamento de Portugal são os objectivos principais da moção de censura ao Executivo, que os socialistas irão apresentar. É assim que o líder da oposição explica à troika a sua decisão de avançar com o cartão vermelho a Passos Coelho.
“A carta é muito dura com a troika” e “assume que o objectivo do PS é derrubar o Governo e substituí-lo por outro Executivo que represente o consenso da sociedade portuguesa, coisa que este já não consegue”.
Sobre o acordo com a troika, Seguro adianta na mesma missiva que não pretende rompê-lo, afirmando que deseja, no entanto, “renegociá-lo”.
“A carta apresenta claramente as razões da moção de censura do PS mas diz que Portugal honrará os compromissos do País”, acrescenta a fonte socialista.
Já no fim-de-semana, o secretário-geral dos socialistas tinha adiantado ter escrito uma mensagem à troika, porém Seguro disse que tinha informado as entidades europeias de que o PS “honrará os compromissos assumidos pelo Estado Português” e não de que os pretendia alterar.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dias dificeis para Francois Hollande

Os tempos estão cada vez mais difíceis para o Chefe de Estado Francês. O crescimento é fraco e a taxa de desemprego está a subir devendo ultrapassar 11% até o final de 2013. A situação económica está muito difícil, o que descer a pique  a popularidade de François Hollande: De acordo com um estudo de opiniao efetuado em França o barômetro publicado em março diz que  18, 67% dos franceses estão descontentes com a sua governaçao  ( + até 10 pontos em relação a fevereiro), contra apenas 31% satisfeito (-8 pontos). Além disso, há dois novos golpes no nível político. Por um lado, o ministro do Orçamento Jérôme Cahuzac renunciou março , após a abertura de um inquérito judicial contra ele por uma suposta existência de uma conta bancária na Suíça, este teria ocultado as autoridades fiscais francesas . Holanda perdeu com ele um dos pesos pesados ​​do governo. Além disso, o Conselho de Estado pode recomendar que o famoso imposto de 75% sobre os rendimentos mais de um milhão é reduzida a uma taxa de 66% o que seria  uma medida "confiscatória". Mesmo que o governo se recuse a "enterrar o imposto", parece que ele vai ter que se explicae se tiver que  a implementar o que vai contra uma das principais promessas de campanha eleitoral de  François Hollande.
Com todo este cenario nao sei aonde e que o lider do partido socialista de Portugal arranjou forças para colocar em breve no Parlamento uma moçao de censura ao governo.
Por todo o respeito que tenho pelo José Seguro, sinceramente eu acho que com essa atitude deu dois tiros nos pés.









Angela Merkel - A mulher que tantos Odeiam

Quanto tempo mais?”, perguntam tantos europeus , sobre a fotografia de uma Angela Merkel que não tem muitos amigos na Europa. Partindo da ideia de que quase todos os chanceleres alemães se retiraram demasiado tarde,
Simples e sem a experiência dos belos discursos, esta protestante nascida na RDA acabou por cair nas boas graças de todos os alemães, sobretudo os do ocidente, de quem ela pensava serem “mimados, um pouco frouxos e preguiçosos”. Estes, por seu lado, “merkalizaram-se” votando um verdadeiro culto às suas pretensas fraquezas: a sobriedade e a falta de elegância. E foi a crise do euro que marcou o ponto de viragem desta transformação,
Em 2005, Merkel pensava que tinha de dar um empurrão aos alemães. Hoje, tem de os convencer a ajudar os outros, a manter o sangue frio e, sobretudo, a continuarem a consumir sabiamente e com zelo. A sua política inverteu-se completamente. Terá ela terminado a sua missão na Alemanha; emigrou para a Europa? Sem a normalidade alemã, protegida por esta chanceler ultra normal, há muito tempo que a Europa tinha mergulhado no caos.Longe de imaginar uma queda iminente da chanceler.
Pode ser que a Merkel alemã tenha ultrapassado o seu zénite, mas a Merkel europeia vive atualmente o seu ponto mais alto. Talvez já não precisemos dela aqui  É, por isso, uma mulher política do futuro. Resta saber onde.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Emigração portuguesa: menos desemprego e mais remessas ou um grande problema para o futuro





A atual vaga de emigração poderá servir de “válvula de escape” para a crise mas também poderá causar “graves problemas” para a evolução futura da economia.
Não há números exatos para a emigração nos últimos anos, mas é consensual que o fluxo de portugueses para o estrangeiro está a ser muito significativo.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, estimou recentemente que entre 100 mil e 120 mil portugueses abandonaram o país em 2011, e que o número poderá ter aumentado este ano. Este número é muito significativo num país com uma população como Portugal: 1% da população.
Ora, quais são as consequências para a economia de um país que perde 1% dos seus habitantes por ano?
O atual ministro da economia  Santos Pereira já em 2010 (então professor universitário em Vancouver, no Canadá) publicou um livro onde questionava os números oficiais sobre as saídas de portugueses para o estrangeiro.
Segundo Santos Pereira, ainda antes da agudização da crise económica já estava em curso uma vaga de emigração só comparável à dos anos 1960 e 70: pelos números do atual ministro, 700 mil portugueses emigraram entre 1998 e 2008.
“A questão dos novos fluxos de emigração não está a ser tomada em conta pelo Governo português e terá um efeito grave”, disse Santos Pereira à Lusa em 2010. O agora responsável pela pasta do Emprego no Governo alertava para os efeitos da emigração sobre a sustentabilidade da Segurança Social, e para os riscos da ‘fuga de cérebros’.
“Portugal é o segundo país da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] com maior fuga de cérebros, a seguir à Irlanda”, disse Santos Pereira.
O economista João Ferreira do Amaral vê um “problema muito grande para o futuro” nesta vaga de emigração: o envelhecimento da população.
“Os que ficam são os mais velhos. Isto é muito problemático para o futuro do Estado social”, afirma Ferreira do Amaral.
Há, contudo, opiniões diferentes sobre os impactos da emigração: “Todos os estudos sobre a emigração mostram que toda a gente ganha com ela – o país de onde se emigra, o país que recebe e, normalmente, a pessoa que emigra também”, disse à Lusa João César das Neves, professor na Universidade Católica. “É dos poucos consensos que temos na análise económica.”
César das Neves recorda os “enormes custos pessoais e humanos” da emigração, mas garante que o fluxo para o estrangeiro funciona como uma “válvula de escape” em tempos de crise.
O economista rejeita que a emigração ponha em risco a sustentabilidade da Segurança Social: “O envelhecimento da população é um fenómeno estrutural, não tem nada a ver com isto. O problema fundamental é não termos filhos.”
César das Neves considera também que a saída de uma geração qualificada não é necessariamente grave: “São pessoas sem emprego em Portugal. Quando encontramos oportunidades para elas, regressarão. Não é coisa com que devamos estar preocupados.”
Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas, discorda totalmente desta visão: “Portugal não se reformou nem se desenvolveu mais [nos anos 1960 e 70] precisamente porque conseguia exportar mão-de-obra.” Cardoso nota ainda que, ao contrário da vaga de emigração anterior, “o emprego que agora emigra é qualificado”, lamentando que se tenha “investido na educação destas pessoas e agora elas veem-se obrigadas a procurar emprego noutro país.”
A atual vaga de emigração poderá representar uma redução no desemprego e um aumento das remessas, mas os dados conhecidos são insuficientes para fazer previsões eficazes sobre o impacto dos fluxos migratórios, segundo economistas consultados pela Lusa.
Não há números exatos para a emigração nos últimos anos. O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, estimou recentemente que entre 100 mil e 120 mil portugueses abandonaram o país em 2011, e que o número poderá ter aumentado este ano. Este número é muito significativo num país com uma população como Portugal: 1% da população.
No curto prazo, uma emigração tão significativa poderá ter impactos a nível do emprego ou da balança corrente.
“Em termos imediatos, não havendo retoma e não havendo necessidade de aumentar o emprego por parte das empresas, a saída das pessoas significa uma taxa de desemprego menor do que se não houvesse emigração”, disse à Lusa o economista João Ferreira do Amaral.
“Há uma grande destruição de emprego, e se houve emigração, compensa em parte. Agora, se estes novos emigrantes vão fazer o que fizeram os antecessores nos anos 1960 e 1970 em termos de remessas, isso é mais duvidoso”, continua Ferreira do Amaral. “Mas creio que nesse aspeto os efeitos não serão muito grandes.” Ferreira do Amaral acha também que o impacto sobre o consumo será diminuto: “Em termos de consumo, o que é relevante é os rendimentos. As pessoas que saem, em princípio, não tinham rendimentos cá. Se enviarem remessas, elas tenderão a ser poupadas, e não consumidas.”João César das Neves, professor na Universidade Católica, também considera que “não se pode extrapolar de casos anteriores”, porque a atual conjuntura e a composição da economia portuguesa são “muito diferentes” das de há meio século.
“É preciso fazer um estudo sobre o assunto. Mas, em princípio, [a emigração] vai ajustar a economia à realidade. Portugal terá menos desemprego, e poderemos dar o ‘salto’ para um novo surto de desenvolvimento”, afirma César das Neves.
Já Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas, rejeita olhar para o problema numa perspetiva de curto prazo: “Não é por se irem embora tantas pessoas e o consumo e as importações se reduzirem um bocadinho que vamos resolver algum problema. Não é exportando emprego que se ganha desenvolvimento. Mesmo que resolvêssemos um problema de curto prazo, podemos estar a criar mais dificuldades futuras. O mal do passado foi termos vistas tão curtas.”



in " O Povo online "

Tambem tenho as minhas convicçoes

Ontem pela primeira vez em 30 anos sai a rua para manifestar a minha indignação

O assalto ao Chipe

Até o último fim de semana, a abordagem básica da União Europeia para socorrer países endividados era emprestar-lhes dinheiro para que estes fossem  capazes de honrar o pagamento de suas dívidas e outras despesas correntes. Em troca desse dinheiro, ficava estipulado que os governo reduzissem algumas despesas e aumentassem impostos. Adicionalmente, pedia-se àqueles que haviam comprado títulos da dívida dos governos que sofressem algumas perdas.

Porém, com o Chipre, as coisas tomaram um rumo distinto. Para evitar ter de cortar gastos e aumentar impostos, o presidente do Chipre anunciou que o governo iria simplesmente expropriar o dinheiro aos seus cidadãos que tenham depositos nos bancos daquele país. Assim todos os que tivessem depósitos acima de €100.000 teriam 10% do seu dinheiro confiscado. Aqueles com depósitos menores que €100.000 teriam aproximadamente 7% do seu dinheiro confiscado.
Embora tal medida ainda tenha de ser aprovada pelo parlamento do Chipre, a decisão de implantá-la foi tomada mais uma vez por burocratas da zona do euro numa reunião fechada. Caso o governo cipriota recuse esta proposta, a zona do euro não irá fornecer um pacote de €10 bilhões para socorrer os bancos do Chipre.
Esta história está a ser amplamente coberta pelos mídia mundiais e por um bom motivo. Os eurocratas sempre disseram que as contas bancárias eram sacrossantas. Sempre prometeram que não tocariam nelas. Com o anúncio desta medida a ser adotada no Chipre, os eurocratas estão a dizer "nós mentimos". No entanto, estes mesmos eurocratas  asseguram que em qualquer outro pais da zona do euro que isso não acontecer dado  que se trata de uma medida excepcional, a ser implementada uma única vez. "Confiem em nós".
Sempre que um político promete enfaticamente que não fará algo, tenho a certeza absoluta de que esse algo já está em fase final de planeamento, basta ver o que se passou por ca quando o Pedro Passos Coelho se candidatou a PM.
O governo fechou os bancos ate a proxima terça feira para impedir que os depositantes movimentem suas contas e saquem o maior valor possivel de dinheiro delas.
O governo pode abrir os bancos sem ainda ter aprovado os impostos. Boom! Haverá uma corrida bancária. Para evitar isso, ele terá de manter os bancos fechados. Mas isso está a paralisar a economia, podendo gerar uma depressão ainda mais grave.

Os eurocratas que, em conjunto com o FMI, criaram este plano durante o fim de semana certamente sabiam que este iria desencadear uma corrida  aos bancos. Se eles não previram isso, então eles são uma cambada de ignorantes .


Na minha modesta opinião: creio que tudo isto foi deliberado. Eles sabiam que iria acontecer esta reação, com ameaça de corrida aos bancos.
Com este tipo de atitudes estes senhores estáo a enviar uma mensagem para todos governos da zona do euro que estão acomodados e tranquilos, partindo do pressuposto que a zona do euro irá sempre socorrer suas dívidas ou socorrer seus bancos. Não irá. e não tem como. Ela não tem o dinheiro. Os governos dos países mais solventes não permitem transferie o seu dinheiro para paises em dificuldades

A Troika escolheu o Chipre para servir de exemplo pois trata-se de uma ínfima nação insular, responsável por apenas 0,2% do PIB europeu. Se os bancos do Chipre quebrarem, e daí? Se seus políticos resolverem sair da zona do euro, e daí? Uma crise bancária no Chipre é exatamente o que os banqueiros do norte precisam para enviar um recado: "Não haverá mais tolerância. Coloquem suas contas em ordem. Cuidem de seus bancos". Isto esta  assustar os políticos dos paises do sul.

No meio de toda esta trapalhada ha um Pais que ja deu alguns sinais de preocupaçao e avisou  Alemanha e a Uniao Europeia para as decisoes que possam vira a tomar, estou a falar da Russia que é uma parte interessada no que diz respeito ao Chipre.

Vamos aguardar por novos desenvolvimentos



quarta-feira, 20 de março de 2013

Troika rejeita planos alternativos do Chipre,

Representantes do Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) rejeitaram os planos alternativos propostos pelas autoridades cipriotas para enfrentarem a crise financeira do país e insistiram no encerramento imediato dos dois bancos locais com problemas, o Bank of Cyprus e o Popular Bank.


"Eles insistem no encerramento de dois bancos e rejeitam todas as alternativas",

O presidente do Banco Central do Chipre está preparar dois projetos para apresentar ao Parlamento que impõem controlos sobre movimentos de capitais no país quando os bancos reabrirem e até que uma solução para resgate do sistema bancário cipriota for encontrada. No entanto a troika - formada por BCE, FMI e Comissão Europeia - insiste em penalizar depositantes com recursos superiores a 100 mil euros, reafirmando que alguns países da zona do euro querem manter uma posição mais dura em relação à crise cipriota.

Sabe-se que Alemanha, Holanda, Áustria, Finlândia, Malta e possivelmente a Estônia querem que a participação dos investidores com recursos superiores a 100 mil euros depositados no sistema bancário do Chipre continue sobre a mesa de negociação.

Os ministros de Finanças da zona do euro e possivelmente os líderes europeus deverão fazer uma reunião de emergência para avaliar a crise cipriota e ver com governo de Chipre um plano alternativo às autoridades da Troika .

ALEMANHA • Chipre torna-se um problema para Merkel



A ideia de tributar depósitos bancários no Chipre quebrou todas as regras.
Fazem agora quatro anos, que a chanceler Angela Merkel e Peer Steinbrück  o ministro das Finanças dessa altura  [no governo de coligaçao] tinham prometido aos alemães que a economia estava segura e a Alemanha nao devia temer pelas suas poupanças face a crise financeira e da falência do Lehman, o Estado garantia que eles não perderiam "nem um euro."
Esta garantia verificou-se certamente como jogada política,
No entanto, esta política de garantia deixou de existir desde sexta-feira, 15 de marco. que o digam Investidores cipriotas que podem  ter que dar uma parte de suas economias para salvar o euro. E não é só os grandes investidores institucionais e estrangeiros ricos , mas os pequenos aforadores. Mesmo que os problemas financeiros desta ilha mediterrânea pareçam  muito longe da Alemanha esta nao está imune e levou -a a fazer pressao para que a decisão do Eurogrupo quebrasse  a Regra
Claro que é um direito apelar aos proprietários de grandes fortunas que alvem os bancos, especialmente em  paraísos fiscais como e o caso de  Chipre  Mas nao teriam melhores meios de tributar a poupança, por exemplo, a conversão de empréstimos detidos pelos bancos. Enfim, como sempre é o contribuinte que vai pagar pelos os especuladores .
O euro está a entrar numa uma nova fase e nao sei aone é que isto vai parar com tantas incertezas

terça-feira, 19 de março de 2013

O Mundo em 1963

50 anos atrás: 
Ha meio século atrás, grande parte das notícias no mundo eram dominadas  pelas ações dos  ativistas de direitos civis e daqueles que se opusnam a eles nos Estados Unidos . Na época a guerra no Vietnan foi o rastilho crescente, juntamente com os custos desse envolvimento. Foi tambem o ano do inicio da Beatlemania , o presidente John F. Kennedy visita  Berlim Ocidental e fez seu famoso discurso "Ich bin ein Berliner"  Os últimos meses de 1963 foram pontuadas por um dos eventos mais trágicos da história americana, o assassinato do presidente Kennedy em Dallas, Texas.
 

CHIPRE • Chantagem substituído solidariedade



A imposição de um imposto sobre os depósitos bancários em troca de plano de ajuda de 10 bilhões de euros, os líderes da zona do euro se comprometeram na melhor das hipóteses "um precedente perigoso" na pior "chantagem", segundo imprensa européia.
O acordo entre Chipre no dia 16 de março e o Eurogrupo e o FMI prevê um imposto de 6,6% sobre os depósitos de menos de 100.000 euros, e 9,9% acima.  È uma  "expropriação" e trilha caminhos perigosos , esta medida se avançar ameaça a solidariedade entre os países da zona euro e  a livre circulação de capitais na UE.
Este imposto sobre os depósitos é condenavel e inesperado . O Eurogrupo começou a encontrar o caminho certo para sair de uma crise de dívida , mas com esta atitude volta  a cair em velhos hábitos " . seja ou nao legal trata-se da violação da garantia de depósitos "- em que os pequenos investidores europeus estão protegidos  que os seus depósitos com valores inferiores a € 100.000 estes não será ameaçados, mesmo que o banco estivesse a beira dum colapso

domingo, 17 de março de 2013

Os europeus são demasiado diferentes para se entenderem

Mais que as diferenças entre os desempenhos económicos dos países da UE, são os fossos culturais entre europeus que representam o principal obstáculo à criação de uma comunidade verdadeiramente homogénea. Não espanta, pois, que seja tão difícil construí-la.

Muitos tentaram unificar a Europa. Todos deram com a cabeça na parede: Átila, Carlos Magno, Napoleão, Hitler. A mais recente tentativa é a da União Europeia. Que não avança a golpes de espada, já que a Europa, depois de Hitler, se tornou um continente pacifista, adotando antes meios inofensivos, como a boa vontade, instituições comuns, leis e regulamentos. O euro foi a mais recente – e provavelmente a mais ousada – das iniciativas em prol de uma Europa unificada.
A origem do moderno projeto europeu é política, ainda que o foco tenha sido colocado, desde o início, sobre a economia. A comunidade do carvão e do aço visava retirar as indústrias necessárias à guerra do quadro dos Estados-nação, para evitar novos conflitos. As economias nacionais deviam reunir-se num mercado único sem fronteiras e convergir gradualmente umas para as outras.
O projeto não se baseava simplesmente no primado da economia, mas também na ideia de que a racionalidade económica deveria permitir a criação de um entendimento comum noutras áreas, a fim de criar um conjunto aparentado com os Estados Unidos da Europa.
A região mais complexa do mundo
A economia desempenhou, indubitavelmente, um papel decisivo para afastar a guerra da Europa e, nesse sentido, a cooperação europeia tem sido um enorme êxito, desde 1945. Mas a cooperação económica não basta para o que precisamos de construir hoje. A crise do euro veio ensinar-nos que essa cooperação tem algumas limitações, que são sobretudo históricas e culturais. Porque a Europa é, sem dúvida, a região mais complexa do mundo.
Num espaço relativamente pequeno, mais de 300 milhões de pessoas tentam formar uma união, quando não é necessário afastar-se muito para deixar de entender o que diz o vizinho, para encontrar pessoas que comem e bebem coisas desconhecidas, que cantam outras canções, que celebram outros heróis, que têm outra relação com o tempo, outros sonhos e outros fantasmas.
Ora, estas diferenças subjacentes raramente são invocadas. São mascaradas por um discurso em que todos os europeus aparecem naturalmente unidos perante o resto do mundo, quando um sueco terá provavelmente mais em comum com um canadiano ou um neozelandês do que com um ucraniano ou um grego. É provável que sejam principalmente as nossas diferenças culturais – e não políticas ou económicas – a fazer com que a história europeia esteja repleta de hostilidade e de violência, a começar pelas duas mais terríveis guerras que a humanidade já conheceu, as quais não foram, afinal, mais do que guerras civis europeias.
No entanto, tudo isso parece ter sido esquecido ou ignorado. Para não dizer desconhecido. De tal modo que o discurso europeu que nos impingem quotidianamente – a bandeira, Beethoven, a Eurovisão, etc. – pouco tem a ver com a realidade europeia. É um mero produto de propaganda, de um projeto que não quer ouvir falar de diferenças culturais ou mentais, que são, contudo, nitidamente mais profundas do que as diferenças materiais ou financeiras.
A Europa em que não queremos acreditar
Na realidade, foi preciso esperar pela crise europeia para abrirmos os olhos para o fosso que separa a retórica da realidade. Para nosso espanto, a crise revelou-nos pessoas que nunca pagaram impostos, que consideravam que os outros tinham obrigação de pagar as dívidas por elas e que acusavam de despotismo os que lhe estendiam a mão. Não sabíamos da existência de tais europeus e ficamos incrédulos. No entanto, essa é a realidade e vem de há muito.
Quem, para além dos especialistas, sabia há um ano o que é o clientelismo? Uma amiga minha é ministra desde o início do ano. Não é um Ministério de primeiro plano, mas quando lhe perguntei quantos funcionários permanentes estão na sua folha de pagamentos, respondeu quinhentos. Quinhentos? Parece muito para um país como a Croácia. De quantos colaboradores precisaria para desenvolver a política que pretende levar a cabo?
A resposta cai como um raio: de trinta. "E estás a pensar demitir os restantes 470?" A ministra lança um olhar simultaneamente compreensivo e corrosivo ao simplório de a Norte dos Alpes, que sou eu (apesar de não ser loiro, sequer). Não. Porque não tenciona pôr a sua vida em risco. Especialmente porque tem um filho que vai para a escola a pé todos os dias. E um acidente pode acontecer a qualquer momento. Mesmo depois de a minha amiga deixar funções, cerca de 500 funcionários vão continuar todos os dias a ir para escritórios onde não os espera trabalho nenhum. Só os salários que recebem existem no mundo real.
É assim a nossa Europa. E repare-se que o Norte não é menos estranho que o Sul, e o Leste não o é menos que o Ocidente, e vice-versa. É tudo uma questão de ponto de vista. A Europa não é nem mais nem menos do que uma colmeia extremamente frágil, composta por especificidades culturais, históricas e mentais. Nenhum europeu se parece verdadeiramente com os outros. E, no entanto, preferimos encarar essa Europa não como uma colmeia, mas como um frasco de mel, pronto a consumir.

sexta-feira, 15 de março de 2013

A TAXA DE DESEMPREGO REAL EM PORTUGAL

A TAXA DE DESEMPREGO REAL EM PORTUGAL

Se me perguntam qual é a minha opinião sobre a taxa de desemprego em Portugal , apenas respondo: qual taxa? A do IEFP ou a do INE  ou ainda da OCDE ? Em nenhum dos casos sao iguais. Pareçe-me que os  indicadores nao fazem a amostragem pelos mesmos pressupostos ,com  margens  de erro  incríveis.
E as implicações disso são enormes.
Ou seja: o mesmo país, o mesmo indicador  e realidades totalmente opostas.
Desde que comecei a prestar mais atenção ao assunto -- e, principalmente, desde que me inteirei melhor da metodologia --, perdi completamente o interesse pelo indicador. Ele não indica nada. A metodologia do IEFP é totalmente ridícula.
Existem 500.000 pessoas que nao fazem parte das estatisticas para efeitos de calculo.
Isto e Batota em toda a linha


Nasce na Alemanha um partido anti Euro

Oposição à política atual do plano de resgate do euro, personalidades conservadoras e liberais, da economia, da política e da mídia, estão a preparar-se para lançar na cena política ja  para as eleições legislativas de 22 de Setembro um novo partido. Eles vão anunciar no dia de abril, em conferência de emprensa em Berlim, o nascimento de uma Alternativa para a Alemanha (AFD) , que tem ja desde 8 de março para um sitio na internet. "Será que eles vão colocar em risco a reeleição Angela Merkel? "  acordo com uma sondagem de opiniao do semanário Foco , 26% dos alemães poderia imaginar votar contra o euro. A parcela de 40-49 sobe para 40%. Alternativa für Deutschland (AFD)









terça-feira, 12 de março de 2013

Entrega do IRS 2013 (para rendimentos de 2012)

No ano de 2012 foram introduzidas bastantes alterações reflectindo-se estas ao nível das regras e limites das deduções de despesas no IRS. Muito provavelmente irá receber menos do que costuma receber em reembolso habitualmente.


Nota: se entregar em formato digital (via Internet) terá um reembolso mais rápido do que se entregar a declaração em formato papel.


Outras alterações importantes

Pensionistas

Todos os pensionistas com rendimentos mensais superiores a 293 euros terão de entregar o modelo 3 do IRS. A razão para isto acontecer deve-se ao facto da dedução específica das pensões ter sido reduzida e equiparada à dedução dos rendimentos do trabalho dependente.

São consideradas isentas as pensões abaixo dos 4104 euros anuais.











sexta-feira, 8 de março de 2013

A história de luta pela igualdade das mulheres não pertence a nenhuma feminista ou organização, mas ao  esforço coletivo de todos.
PORTUGAL • Os sinais de um terremoto que está para chegar !!!
No passado sabado de um milhão de pessoas de todas as idades estiveram nas ruas de todo o país  para exigirem o fim da austeridade. O descontentamento das pessoas levaram-nas para as ruas e manifestarem-se  contra os brutais medidas de auteridade.
O que se passou no 15 de setembro não foi um episódio isolado não foi apenas o imposto sobre o aumento da taxa social única nos trabalhadores, mas foi seguido por outras tomadas de posiçao do Governo versus Troika num aumento brutal de impostos dirigidios essencialmente as pessoas e ao seu rendimento . Esta foi mais uma reaçao as ultimas medidas e as as pessoas foram para as ruas no meio de uma avaliação da Troika para lhes mostrar que eles não são " bem vindos  " . Nota-se neste tipo de manifestaçaoes a antipatia que parece óbvia por toda a classe política .

terça-feira, 5 de março de 2013

A Alemanha só é rei porque vive em um vale de cegos




No atual debate sobre a crise do euro, a Alemanha é frequentemente retratada como um modelo de robustez econômica, a boia luminosa da prudência fiscal e uma ferrenha defensora de reformas estruturais. Os seus recursos parecem ser infinitos e os títulos da dívida de seu governo são um indiscutível 'porto seguro'. Se ao menos a Alemanha compartilhasse seu poderio e seus recursos mais generosamente, a crise da dívida da zona do euro poderia ser resolvida.

Mas tudo isso é uma mera ilusão de ótica. Cedo ou tarde, os mercados irão acordar para a realidade e finalmente se dar conta das fundamentais deficiências do país e de seus graves desafios.

Alemanha pode muito bem ser o 'último sobrevivente' do drama do euro, mas isso significa apenas que não sobrará ninguém para socorrê-la. Os títulos da dívida alemã desfrutarem a condição de 'porto seguro' são sintomas evidentes de mais uma bolha prestes a explodir. A Alemanha só é rei porque vive em um vale de cegos.

domingo, 3 de março de 2013

A principal razão pela qual muitas das maiores economias da Europa estão em dificuldade é a falta de liberdade econômica, e não por causa de qualquer falta de intervenção do Estado.

Mais recente coluna do New York Times, Paul Krugman escreve  "Morte de um conto de fadas" é mais um discurso contra as medidas de austeridade na Europa, especialmente na Grã-Bretanha. Tais medidas, segundo ele, seria desastre para os Estados Unidos, a superpotência mundial tem agora mais de  15 trillion dólares em dívida , com os maiores déficits desde a Segunda Guerra Mundial. Krugman tem sempre defendeu uma abordagem do governo para os problemas econômicos da América.
O artigo do economista Nobel premiado é altamente enganosa na sua alegação de que a austeridade é a causa deto dos problemas econômicos da Europa de hoje, esta afirmação não é apoiada por qualquer prova.
Tudo em torno da periferia da Europa, da Espanha à Letónia, políticas de austeridade têm produzido depressão e o aumento do nível de desemprego; a falta de confiança é de longe o maior problema na Europa que por sua vez aliada a austuridade há dois anos.
... No entanto, alguma coisa mudou nas últimas semanas. Vários eventos - o colapso do governo holandês sobre as medidas de austeridade propostas, a forte da vaga de austeridade anti-François Hollande e um relatório económico mostrando que a Grã-Bretanha está na pior crise desde 1930 - parecem ter finalmente percebido que de repente,  que as medidas tomadas de  austeridade não estão a funcionar.
Uma  abordagem de redução de custos, tem contribuído significativamente para oos paises intervencionados e nao só voltem a escorregar para mais recessão:
Há um consenso crescente em muitos países da Europa que as medidas de estímulo keynesiano de estilo não funcionam. Como finanças de Portugal ministro Vitor Gaspar disse ao The New York Times, na semana passada , seu país tentou "uma expansão keynesiana de estilo" de volta em 2008, que foi um fracasso e pode ter agravado a situação económica:
Meu país definitivamente fornece um conto de advertência que mostra, em alguns casos, de curto prazo das políticas expansionistas pode ser contraproducente.
A Europa não tem solução para sua atual crise da dívida maciça que não cortar os níveis de gastos dos governos. E nem nos Estados Unidos. Mas as medidas de austeridade na Europa e na América devem ser combinados com impostos mais baixos e desregulamentação do mercado de trabalho, eliminando a burocracia para as empresas, em grande escala de titularidade e bem-estar reforma, e um firme compromisso com o livre comércio.