sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Morangos ao Natural

Uma substância natural encontrada nos morangos fortalece a memória de ratos saudáveis. Mães têm obrigado por muito tempo seus filhos a comerem frutas e vegetais. Mas, uma vez que as crianças estão além da supervisão de suas mães, os legumes e verduras tão odiados frequentemente são associados às Barbies e bonecos dos Power Rangers. Agora, existe uma razão para fazer com que adolescentes comam mais frutas ou outras delícias coloridas. Fisetin, uma substância natural normalmente encontrada nos morangos e outras frutas e vegetais, estimula o aumento e a longevidade da memória, conclui uma pesquisa do Salk Institute for Biological Studies (Instituto Salk para Estudos Biológicos) nesta semana da Edição Online dos Procedimentos da Academia Nacional das Ciências. Duramente, um terço das pessoas na casa dos 60 ou mais sofrem com problemas de perda de memória. Como a média de idade da população dos Estados Unidos da América tem aumentado, o número de pessoas que sofrem de Alzheimer e outras doenças mentais continua crescendo. "Desde o desenvolvimento da compreensão básica sobre o uso de bioquímicos envolvendo a formação da memória, o objetivo da CNS é pesquisar na indústria farmacêutica e encontrar um medicamento oral e seguro que consiga ativar o exercício da memória, assim como o aumento da mesma." diz a autora Pamela Maher, PhD, uma pesquisadora do Laboratório de Neurobiologia Celular do Instituto Salk. Maher alerta sobre os benefícios do efeito do Fisetin quando ela mostra uma coleção de substancias com ativos antioxidantes encontrados em muitas plantas, para suas habilidades neuro-protetoras em conjunto com modelos culturais de doenças neuro-degenerativas. Maher concluiu que alguns dos componentes, incluindo o fisetin, provocavam a diferenciação e maturação das células neurológicas.


Ela explica "Isto nos sugeria que esses componentes deveriam ser particularmente benéficos, uma vez que eles não evitam a morte das células neurológicas, mas estão aptos a promover novas conexões entre células nervosas." Interessantemente a sinalização do caminho ativado pelo fisetin na diferenciação dos neurônios também influenciam na formação da memória, um processo neurológico chamado "potencialização de longo prazo" ou LTP. LTP faz com que a memória fique armazenada no cérebro através de fortes conexões entre os neurônios. "Nós queremos encontrar maneiras de detectarmos efeitos do fisetin a longo prazo e na formação de memória em animais", Mather lembra. Desde que a experiência em hipopótamos brinca com a importância em estabelecer novas memórias, Maher, e os co-autores Tatsuhiro Akaishi e Kazuho Abe, ambos da Universidade Musashino em Tokyo, no Japão, extenderam o estudo e descobriram que o fisetin atua da mesma forma em ratos que usaram os mesmos métodos dos hipopótamos induzidos pelo LTP. Explorando os efeitos do fisetin em um animal tão discriminado como os ratos, estes foram testados com dois objetos por um certo período de tempo. No dia seguinte, um dos objetos foi reposto por um novo. Se o rato se recordar do objeto do dia anterior, ele perderá menos tempo explorando o objeto antigo, e em vez disso, voltará sua atenção para o novo. Ratos que tomaram uma dose única do fisetin, poderiam recordar melhor de objetos familiares. Na verdade, fisetin trabalha quase tão bem quanto rolipram, uma substancia conhecida e usada para aumentar a memória. Perda de memória causada por problemas neuro-degenerativos geralmente ocorrem junto à perda de neurônios, uma situação muito diferente daquela da saúde dos ratos. O objetivo é frear a perda de neurônios. Por outro lado, medicamentos para aumentar a memória podem provocar sintomas do mal de Alzheimer. As observações de que o fisetin protege e promove a sobrevivência dos neurônios e da memória na saúde dos ratos faz disso uma promessa para estudos adicionais. Mather acrescenta "Esta é a primeira vez que uma definição de produto natural foi caracterizada no nível molecular no sistema nervoso central e mostrada para aumentar ambos LTP in vitro e memória a longo-prazo in vitro." "As boas noticias são de que o fisetin esta disponível nos morangos mas a má noticia é de que por causa do seu status de produto natural existem poucos interesses em investir financeiramente no desenvolvimento de testes clínicos associados à perda de memória, como o mal de Alzheimer, onde as opções de tratamento são geralmente limitadas", justifica Maher. Além dos morangos, o fisetin também pode ser encontrado nos tomates, laranjas, maçãs, pêssegos, uvas, kiwis e cebolas. Gingko biloba é rico em outras substâncias, porém não contém fisetin. Enquanto comer morangos parece uma alternativa deliciosa, Maher previne que seria necessário comer aproximadamente 10 quilos por dia, para se obter um efeito positivo, o que parece ser muito além do desejado por um amante de morangos. Pesquisa: Instituto Salk .

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